sexta-feira, 28 de abril de 2017

Pocket friendship. Carry it around

28.4.17

Há coisas que não são nada fáceis de fazer, e acreditem de quiserem, carteiras pequeninas em pele não são para mim nada simples. Sou demasiado exigente, talvez. Nunca fica perfeito. 
Mas há amigos para quem é fácil fazer coisas, não pela coisa em si, mas porque quase estás a ver o sorriso e o gesto de levar ao nariz para cheirar, como se fosse o cheiro de alguma coisa que não seja para comer, que faz a coisa bem feita.
Não levei 15 minutos, levei toda a manhã, entre sair para comprar a pele, fazer o molde, colar entretela, depois de escolher o jaipur (já repararam que estou obcecada por jaipur, certo?); mas, e todas as coisas tem um, agora está pronta. Com três divisões para papelinhos, notas e cartões, e, a certeza que a amizade é para se trazer perto, no bolso, à mão de semear.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

O rescaldo.

20.4.17


"I do not want dolls.
I do not need dolls.
Yet...
When i see your joy in holding what you have made... I want a doll!
Your creativity is beautiful"

Recebi esta mensagem de um senhor que eu nem conheço pessoalmente mas segue o meu trabalho. Na rua, várias pessoas me pararam para dar os parabens pelo meu trabalho, telefonaram-me, e ainda, o mais importante, estes sorrisos da fotografia, são aquilo que me move.
As coisas mais bonitas que eu já fiz foram feitas para oferecer, o dinheiro é algo que precisamos todos, mas isto não foi trabalho. Deu trabalho, claro, pelo menos tres dias de andar de um lado para o outro, olhar para fotos, imprimir as tshirts depois de pedir à Mónica que me desse os desenhos originais. Deitei-me tarde estes dias todos, e ainda me levantei no meio da noite, porque me lembrei que o boneco precisava de uma pulseira. 
Desenhei tatuagens, e voces nao sabem que sou mesmo má a desenhar...

Mas, eu não sei há quantos anos entro neste lugar. Este onde fui entregar os bonecos. E, são sempre as pessoas que fazem os lugares, que os marcam. Que os tornam como a nossa casa, onde nos podemos sentar e poder comer a batata frita com a mão, ou cair na casa de banho e ficar sei lá quanto tempo sem saber onde raio ficou a maçaneta da porta (private joke). Ter vontade de voltar. Ter vontade de fazer bonecos. 
Eu gosto de pessoas. Pessoas que tem paciencia de aturar outras pessoas. Uma inspiraçao. Um dia também hei-de ser assim. Quando for crescida, talvez.

domingo, 16 de abril de 2017

Essa coisa chamada descanso

16.4.17

Pode ser apenas um jaipur que transformas num vestido para mim e numa gola para oferecer. Ler metade de um livro do Murakami e mudar de ares. Dizem que eu não sei descansar, mas o descanso de cada um é exactamente o quê?

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Inquietitude

12.4.17

Eu nunca estou quieta com as mãos, mesmo quando elas não estão em sintonia com o meu cérebro, elas fazem sempre alguma coisa. Tenho sempre coisas para fazer, e elas sabem o seu caminho. Não preciso pensar para fazer um chapéu, ou um saco. Ainda assim confesso que estão ansiosas por avançar num outro projecto. Pegar novamente nos planos interrompidos. 
Quieta não. 
Elas tem sempre uma espécie de sede de percorrer.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Coisas importantes - stuff that matters

10.4.17


Tudo tem uma medida. O nosso corpo, o nosso QI, o salto que damos no futuro. Os likes que damos e os que não damos, que nos reclamam. Os likes que nos dão. Há uma medida para o bom gosto, para o mau, para as coisas certas que fazemos, para as que nunca fazemos. 
Tudo com conta, peso e medida, dizem, mas ninguém sabe quais são, essas contas, os pesos, as medidas.
Algumas pessoas contabilizam tudo. Outras, nada. 
Algumas mulheres gostam de jóias, de coisas que brilham, sapatos de salto.
Eu gosto de muitas coisas, já achei algumas outras coisas importantes. Hoje gosto de tecidos e linhas, tesouras. 
Também gosto de medir coisas. E de medidas.
(Temos aqui nas Caldas da Rainha uma boa feira de antiguidades e velharias. Cada segundo domingo do més. É tida em boa conta, dizem. Foi lá que encontrei este tesouro.).

quarta-feira, 5 de abril de 2017

Fashion revolution week is comming

5.4.17

Esta foto é apenas uma foto de uma rouoa que eu mesma fiz, não preciso de uma recolução, se bem que entenderem alguma coisa mais sobre o que faço seria sempre bom. Mas, esta revolução não e sobre pessoas como eu, que fazemos o que fazemos mas trabalhamos como "queremos" como dizem alguns.
Esta revolução é para mostrar ao mundo que as verdadeiras pessoas que trabalham para fazer as nossas roupas do dia a dia m não tem condições, algumas ainda deviam estar a brincar na rua, outras devia, ganhar mais do que um prato de sopa, e trabalhar em condições humanas.
Na semana da fashion revolution, que é este ano de 24 a 30 de Abril, tira uma foto tua com a etiqueta da rouoa que vestes à mostra, e coloca o hastag #whomademyclothes para que as marcas respondam.
Vamos ajudar a tornar o mundo da moda mais transparente e justo.
Nessa semnaa tambem vou mostrar etiquetas da minha roupa, hoje, nesta, posso dizer #imademyclothes e nalguns casos #imadeyourclothes

Vamos participar?

terça-feira, 4 de abril de 2017

I am taking you to the next level.

4.4.17

Esta foto foi uma espécie de brincadeira com o façto de eu não ver do olho direito. Ainda bem para todos que, a visão e uma VISÃO, não serem a mesma coisa.
Ainda bem que se consegue ver para alem so que os olhos veem, ah pois, o velho cliché do tal príncipe em ponto pequeno.
A Re-uZ nunca foi uma brincadeira. Eu nunca brinco com trabalho, mesmo quando pareço a estar. As agulhas e linhas com que me coso, são um prazer, mas.
Mas.
Mais cedo ou mais tarde, havia de levar isto mais a serio, porque estas 4 letras merecem. Como sempre vou ter de contar com a vossa ajuda, para divulgar, estimar, dar valor. Porque é mentira que eu não me importo com o que as pessoas pensam, sem querer dizer que mudo de direcção se não estiverem de acordo, opinem, sempre que puderem e quiserem. 
Vou dar mais valor ainda a este meu projecto. Ja começei hoje mesmo, em breve espero que a Re-uZ seja algo que muitos mais conheçam e acima de tudo estimem.
porque eu só vejo de um lado, mas com a ajuda da visão dos outros, posso aprimorar a minha. 

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Pois.

3.4.17
So quem me conhece muito bem sabe o quanto corro. Não faço jogging, nem running, mas corro, corro. So quem me conhece mesmo bem, vê os quilometros que a minha mente percorre, que o tum-tum do meu coração, esse que trago na boca, dizem, pulsa.
E perguntam os outros: mas o que é que aquela rapariga faz? Faz coisinhas com as mãos, parece.
E isso vale a pena, tanta correria?
Hmmm. 
Dizem sempre que não vale a pena correr. Mas digo-te eu, se tens um sonho, corre. Não o vais agarrar com pés de chumbo. E ha sim coisas que valem a pena, pois.