segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Celebrar...

31.12.12


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Não gosto de celebrar a passagem de ano. O final de um ano, é só na realidade o final de um grupo de dias... E não sinto nenhuma espécie de vontade de celebrar num dia especial, se amanha será novamente o final de um grupo de dias, e no dia seguinte, e no outro.

Não tenho nenhum objectivo diferente que não tivesse para qualquer outro ano, dia, hora... Não vou fazer promessas, desejar coisas que não desejo em qualquer outro ano ou dia, ou hora, para vós...

Este ano que passou, teve tanto de bom, como de mau... ri muito, chorei muito... Ganhei amigos, perdi amigos... E todos os anos, tal como neste que passou, vieram pessoas, pessoas pequeninas que saíram de ventres, e outras, partiram, deixando lugares vazios à mesa, que mais ninguém conseguirá realmente ocupar.

todos os anos são assim, todos os meses e semanas e dias.... E eu gosto de celebrar cada instante. Chamem-me utópica, nostálgica...

hoje fiz um chá que bebi numa taça linda que me ofereceram na semana passada. É com ele que me sento convosco, tu, e tu, e tu... Que de alguma forma acompanhas os meus dias, meses, anos... Eu bebo poucas bebidas com álcool, não por nenhuma convicção, mas porque acho sempre que já sou louca que chegue quando estou sã.... E tu que me conheces, sabes, não sabes?

O chá é uma bebida tranqüila... E eu gosto disso...

Que este ano, este mês, dia, hora, minuto, seja sempre tranquilo, quente, morno ou fresco... Cheio de risos, e mesmo que as vezes tenhamos que chorar.... Que todos tenhamos sempre, mais um amanha, alguém com quem partilha-lo... E que sempre, consigamos ver em cada instante, algo de bom para celebrar!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

The end of the world as WE know it!

21.12.12


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É isso mesmo. Foi mesmo o fim do mundo. Todos os dias é o fim do mundo tal como o conhecemos... Em cada dia acontece algo que muda tudo... Nem que seja, SÓ um POUCO. Um pouco muito, digo eu!

Gosto de pensar que o mundo é redondo! Redondo mesmo arredondado... Assim: imagino-me a caminhar num mundo, enquanto ele gira... E eu, que me mantenho equilibrada, vou passando pelos dias e pelas coisas, avançando, passando por pessoas novas... Algumas delas pegam-se à minha pessoa, enquanto caminho... As outras, deixo para trás. Pessoas e Coisas.

Neste fim do mundo, em que só parece que tudo está igual a ontem.... Aconteceram coisas. ganhei amigas...
Uma delas vende sementes. Sementes que ela trata e ficam Dosementes... E fico com ela e com as sementes, que são as melhores sementes para levar para outro mundo.
Outra, faz perdeu o fio à meada... Mas é a pessoa mais tranquila e encontrada que eu conheci nos últimos tempos... E levo-a também, porque o sinto... Tranquila, o oposto de mim... Tranquila como a natureza que ela traduz tão bem, em peças lindas...
Alguém que faz pantufas, a Ana, que não aquecem só os pés... Aquece também o coração, com o seu sorriso...
E last, but not least, a Rita... De quem eu suspeita para falar... Faz os melhores "capacetes" que eu conheço para ultrapassar qualquer mundo... E a quem eu já trago de outros mundos.... E não tenciono largar.

Ainda bem que me convidaram para vir aqui, antes do mundo acabar... Que a minha caminhada seria sempre "boa" neste dia, semana, mês, ano.... Mas tive certamente a melhor das companhias, neste dia e em todos os outros que eu terei pela frente!

Já tens o kit de sobrevivência para todos os dias? Nao? Como diz a Rita: o ultimo a chegar é um ovo podre....

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O que é que eu vou fazer, à feira????

18.12.12
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Trabalhei no "duro" dias e dias porque não tinha stoque... E ainda esta manhã, fui pelo caminho a pensar, mas o que vou fazer à feira?....

E se querem saber, vão lá. Riso, boa companhia, gente com G grande que faz pequenas GRANDES coisas e acima de tudo, uma coisa chamada magia, que devia haver sempre... Um lugar bonito e acolhedor, com pessoas hospitaleiras... E, quem entra, fica contagiado.

Se querem mesmo saber, vão lá.... Mesmo que estejamos em crise, que ande tudo desanimado, VALE a PENA remar contra a maré... E contrariar o mau espirito que paira no ar!

Querem saber? Vão lá, conhecer a Rita Cordeiro... A Vera Espinha (e a Beatriz), a Ana Borlido, a Patricia Simões.... E a mim, claro!

Na Retrosaria, em Lisboa, na Rua do Loreto 61 no 2-andar.... E vão ver que me entendem!



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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Vou escolher o silencio....

7.12.12


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Devia dizer obrigada. É o que se diz, quando se recebe um presente. No entanto, também é o que se diz quando nos servem café de manha, quando nos deixam passar à frente e nos abrem a porta, nos cedem o lugar no autocarro, nos perguntam, como está? Dizemos, bem, obrigada...
Por isso, é pouco.

Diz que se inspirou em mim e criou a Moça Chapeleira, e, Ler isso é estranho.
Toda a gente se inspira nos outros, e não estamos à espera, julgo eu, que possamos ser fonte de inspiração para coisas bonitas como uma Moça Chapeleira com ar tranquilo e feliz....

Eu faço chapéus para não ficar louca. Visto para desilusão de muitos, não ser afinal de contas "zen", cool, e todas essas coisas que as mulheres que escrevem blogs são supostas ser... E faço chapéus nem sei porquê... Só porque calhou.... E não há nada de muito inspirador, acho eu, em estar sentada a fazer chapéus, no meio de um caos chamado Zélia, mesmo que eu goste de imaginar que tal como disseste Joana, os meus chapéus fazem as pessoas felizes... E eu antes de os enviar, goste de os colocar na cabeça e enviar pensamentos positivos dentro deles...

E eu devia dizer obrigada... E quando abri o presente, este que vos mostro na foto... Fiquei de repente quente, no meio deste frio inverno e da crise, e dos dias chuvosos (dos quais começo a ficar farta) e o SOL brilhou cá dentro e nem tentei segurar a lagrima.... E fiquei com os pensamentos gagos.

E não vou dizer obrigada. Obrigada é pouco.
Mas vou sentar-me, olhar para a Moça Chapeleira... E ficar assim como se fica quando estamos junto com alguém com quem já não são precisas palavras.... A beber um chá.... No silêncio...
E tirar o chapéu... Os chapéus... Que tu sim, mereces Joana.

Vão conhecer o trabalho dela, no blog da Joana Rosa Brangança

E já agora, vão até à Retrosaria conhecer-me, dos dias 18 ao 22 de Dezembro. Não sou bonita ou tranquila como a Moça Chapeleira!... Mas estarei lá....

sábado, 1 de dezembro de 2012

Presentes

1.12.12


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Na quinta feira há workshop de meias cá em casa. Surgiu duma pequena conversa no chat com uma desconhecida. Combinamos, ela quer pagar, mas é um presente. Publiquei a info no facebook, quem ensina uma, ensina duas, ou três.

Recebi mensagens. Moro longe, a gasolina é cara. Se fosse num outro dia.
Recebi outras mensagens. Que eu era tão generosa...

Não sou generosa. Talvez, só um bocadinho.

Estes dois últimos anos que passaram, a vida ensinou-me coisas. Todos os anos aprendem-se coisas, é certo. Mas, nos anos em que a vida é dura, em que nos confrontamos com faltas de coisas, em que as pessoas nos falham, nos desiludem... Aprendemos mais coisas.

Num destes dias, em que a vida não me corre bem, uma pessoa por quem eu sou obrigada a admitir, não sentia nenhuma afeição especial... Que eu achava sempre faltava qualquer coisa, que eu não conseguia criar laços.... Telefonou-me. Disse-me que queria dar-me um presente pelo aniversario da minha filha, e que seriam as vacinas.
A vida ensina-nos coisas sobre as pessoas. Sobre a nossa pessoa. Aquela que vemos no reflexo do espelho e que julgamos sempre sensata, esperta... Mas que não é suficientemente humilde pata pensar que as pessoas, as outras, não se devem julgar.... Nesse dia, com esse telefonema apanhei uma grande bofetada, e ganhei admiração por alguém que eu pensava nem gostar de mim, mas que foi a única pessoa que me ofereceu uma ajuda concreta. Não disse "se
Precisares de 'alguma coisa'" - como quem oferece algo de vago.... Uma pessoa generosa.

As vacinas custaram-me 158€. Eu disse que quando fosse comprar as vacinas, lhe diria.... E nunca disse. Na realidade não precisei, Sandra, mas nunca esqueci, porque o presente de teres dito que me davas as vacinas, foi o de ter crescido. E de ter sido obrigada a ver quem tu és. E shame ON me!

Numa época de presentes, onde todos dizem que os presentes este ano vão falhar. Os adultos não vão ganhar presentes.... As pessoas esquecem que há presentes que não custam dinheiro. Custam só presente. O presente. O nosso tempo, o agora.
O melhor presente, é olharmos, e dizermos, estou presente. E estar, mesmo!